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A Alfa Romeo e as Importações no Brasil

• Por Alfa Romeo
A Alfa Romeo e as Importações no Brasil

A importação de automóveis no Brasil, suspensa por quase duas décadas desde meados dos anos 70, foi retomada em 1990 e um dos primeiros modelos a desembarcar por aqui foi uma Alfa Romeo, a 164. 

No período de fechamento do mercado às importações, uns poucos Alfa foram trazidos por embaixadas. Nesse montante, algumas Alfetta GT/GTV e Berlina, algumas Spider, pelo menos duas Giulietta da segunda geração, um ou dois Alfasud e pelo menos uma Alfa 75.

Em 1990, com a chegada da 164, a Alfa Romeo iniciou uma fase de importações oficiais periódicas que durou até 2005, quando as últimas 147 desembarcaram em território brasileiro. 

Na primeira metade dos anos 90, além das 164 V6 trazidas oficialmente pela fábrica, importadores independentes se aventuraram no novo mercado disponibilizando umas poucas unidades de versões vendidas normalmente na Europa, mas que a empresa mãe descartou num primeiro momento para o Brasil. Nessa leva independente, desembarcaram pelo menos duas 164 2.0 TS 8V, duas 164 S, pelo menos uma 164 “americana” automática, três 155 V6 e cerca de quinze 155 4 cilindros 8V, primeira série, maioria 2.0, mas pelo menos duas 1.8. 

Uma 33 também chegou por aqui nesse período, por embaixada ou importação independente.

Com o lançamento das 145 e 146, um pequeno lote das primeiras unidades da 145 com motor boxer foi trazido pelos importadores independentes. Temos notícia de pelo menos cinco delas. Uma 146 também desembarcou, além de uma 145 1.4 TS que veio através de embaixada.

Quando a montadora decidiu interromper as importações oficiais, uma concessionária do Rio Grande do Sul se propôs a retomar a operação Alfa Romeo, trazendo inicialmente menos de dez unidades, mesclando modelos 147, 159, Brera e Spider, mas a continuidade do negócio foi vetada pela marca. E ficou nisso. 

A Fiat, nesse mesmo período, trouxe alguns exemplares de 159 para sua diretoria, quatro, que depois foram revendidas ao mercado consumidor de usados. 

Mais recentemente chegaram pelos independentes uma Giulietta Quadrifoglio Verde e algumas unidades de Giulia e Stelvio, além de duas ou três 4C. 

Uma 8C Spider foi importada pelos anos de 2009/2010, mas acabou exportada de volta para a Europa algum tempo depois. 

Nos últimos anos, várias antigas com mais de 30 anos, de diferentes modelos, foram importadas, enriquecendo a frota brasileira, incluindo Giulietta, Giulia, Spider, 75 Turbo Evoluzione e SZ.

No período das importações oficiais, 1990 a 2005, 11.068 automóveis Alfa foram vendidos no mercado nacional. A campeã em unidades foi a 164, com 6.277, todas V6, mesclando entre primeira e segunda geração, 12 e 24V. Em seguida, a 145, com 1.713 unidades, divididas entre 1.8, Elegant 2.0 e Quadrifoglio Verde. 

A 155 também chegou em duas versões, Elegant e Super, com diversos pacotes de opcionais e dividindo meio a meio um total de 969 unidades, todas equipadas com o eficiente e novíssimo motor 2.0 Twin Spark 16V, de 150 cv.

A Spider 916 veio em versão única, 3.0 V6 12V, com diferença apenas em opcionais e 235 unidades foram comercializadas. 

Na segunda metade dos anos 90, uma nova geração de automóveis da montadora fazia sua estreia na Europa e também no Brasil. O carro chefe foi a 156, em versões Elegance, Sport, Sportwagon e 2.5 V6 automática. 1.492 unidades das versões sedan foram vendidas, além de 146 Sportwagon. Quase a totalidade das 156 era configurada com o motor 2.0 TS 16V e câmbio manual de cinco marchas. Menos de 100 delas, as últimas, vieram equipadas com o V6 2.5 24V e câmbio automático de quatro marchas. Adicionalmente, a Fiat trouxe para sua diretoria oito unidades das exclusivas 156 2.5 V6 24V com câmbio manual de seis marchas, que depois foram revendidas no mercado de usados, todas modelo 1999. 

Em 2004, mais uma unidade V6 24V com câmbio manual de seis marchas da 156 (facelift Bertone) veio para a diretoria e depois foi revendida no mercado. 

A 166 chegou em versão única, 3.0 V6 24V automática, diferindo apenas nos opcionais. E 143 foram vendidas.

A última a aportar e também a sair foi a 147 Selespeed, comercializada entre 2002 e 2006, num total de 93 unidades.

Estamos em 2020, vivendo um momento difícil, com uma pandemia que tem trazido sérias consequências econômicas. A Alfa Romeo está oficialmente ausente do nosso mercado há 15 anos. Esperamos que o futuro traga boas novas para a economia, para a Alfa Romeo e para os Alfistas brasileiros. O cuore sportivo continua batendo forte.

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